Infectologista fala sobre o serviço de controle e tratamento das infecções hospitalares

Dia 15 de Maio é o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares. A infecção hospitalar não é considerada incomum, visto que o paciente encontra-se em um ambiente onde há muitas outras pessoas doentes e em uso de antibióticos, ou seja, estão expostos a uma ampla variedade de microorganismos patogênicos, e por esse motivo existe o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH.

A Drª Juliana Cristina Tangerino é Médica Infectologista do SCIH da Santa Casa de Araras desde o ano de 2009 e médica responsável na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, composta por uma equipe multiprofissional.

Como funciona e a importância do SCIH

O SCIH tem grande importância na identificação das infecções hospitalares para assim poder traçar junto à CCIH o melhor caminho para tratar o paciente.

De acordo com a médica, são realizadas visitas aos setores da Santa Casa. “A visita é realizada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) com a presença do coordenador responsável. Também são realizadas as interconsultas em setores mais críticos e, depois disso, discuto as culturas (coletas) realizadas e os casos com a enfermeira do SCIH. E hoje, com a tecnologia, tenho o resultado das culturas rapidamente e entro em contato com os médicos do CTI (Centro de Terapia Intensiva) ou de outros setores para informar o resultado e tomarmos as providências necessárias”, explica.

Rastreamento de pacientes e a tomada de ação

O SCIH realiza um rastreamento dos pacientes internados para verificar se, durante a permanência na Instituição, eles adquiriram alguma bactéria que seja considerada uma bactéria hospitalar, ou seja, que está relacionada a algum dispositivo invasivo (Ex: sonda vesical, catéter central ou ventilador mecânico).

 “Verificamos se o uso desses dispositivos trouxe alguma bactéria para o organismo do paciente, por exemplo, com a cultura da secreção que está na traquéia e que pode ter uma bactéria. Dessa maneira consigo classificar se esse paciente adquiriu alguma infecção aqui dentro para tratá-lo”, explica.

A cultura é realizada em pacientes que tenham sua internação prolongada por mais tempo do que o esperado. “Se através de exames vemos que o paciente não está melhorando, entramos em ação. Já existe um protocolo institucional dizendo quando coletar as culturas específicas para a região que contribuiu para a mudança clínica do paciente. Então, é realizada a coleta e, quando o resultado chega sabemos qual será a tomada de ação, seja trocar o antibiótico para algum específico para combater aquela bactéria, modificar a limpeza daquele quarto ou a frequência dos banhos no paciente, ou seja, vamos tomando as ações mediante as culturas”, diz.

Oferecendo o melhor tratamento ao paciente

A médica explica que o papel do SCIH é amplo e dedicado a oferecer o melhor tratamento ao paciente em outras ocasiões. “Planejamos uma meta que inclui tratar o paciente com o antibiótico certo, no tempo certo e na quantidade certa e também direcionado à bactéria correta. Paralelo a isso, temos um papel enquanto vigilância em saúde dentro do hospital. Estamos relacionados com o diagnóstico de outras doenças consideradas endêmicas. Notificamos a Vigilância Epidemiológica local dos casos de dengue, febre maculosa, etc. Ou seja, não somente das infecções hospitalares, mas também direcionamos o tratamento adequado para essas doenças infecciosas não hospitalares”, conta.

Foto: Drª Juliana Tangerino e enfermeira Juliana Moscardi da Santa Casa de Araras. Crédito: Ass. de Com. e Marketing/Sta Casa

Junto à médica, no SCIH está também a enfermeira Juliana Moscardi que atua na Instituição desde 2008. A enfermeira comentou sobre as mudanças no setor por conta da pandemia do coronavírus e como se sente sendo parte do time de profissionais nessa árdua batalha. “O cenário mudou completemente. A gente acaba se sentindo parte importante também por que, embora não tenha contato direto com o paciente, contribuímos com os treinamentos. Quando começou a pandemia, começamos a trabalhar na Instituição com treinamentos em relação aos quartos, a paramentação ideal a ser feita e sua sequência, elaboração de rotinas especiais do setor de limpeza, entre outros. Então, desde o início, estávamos vinculados com os treinamentos direcionando para os setores”, contou Juliana Moscardi.

A Santa Casa de Araras se dedica incansávelmente no cuidado aos pacientes para evitar as chances de infecção.

Por Assessoria de Comunicação e Marketing da Santa Casa de Araras
Jornalista Responsável: Camila Heloíse F. Lima – Mtb: 58.129/SP

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